segunda-feira, maio 17

Voo TM 2122 : Vilankulos - Maputo


Pelas 12h30 despedimo-nos da praia de Vilankulos e na carrinha de caixa aberta do Toni (dono do Hostal Varanda) dirigimo-nos ao aeroporto da cidade. É um edifício de dois andares frente à pista de aterragem e ao lado de uma floresta de palmeiras. No R/C do pequeno edifício tem uma também pequena sala com um balcão de check in, um balcão de informações de barcos para o arquipélago do Bazaruto e um balcão de souvenirs.


No check-in há uma fila única, chegando a nossa vez entregamos os nossos passaportes e deixamos as nossas malas de porão, 5mins depois temos os nossos cartões de embarque e dirigimo-nos à mesa do lado para abrir as nossas malas que são “inspeccionadas” por uma guarda. Uma vez registados no voo com malas dentro dos conformes, subimos ao 1º andar onde temos um bar com uma esplanada com vista para o trem de aterragem e para os coqueiros. Uma hora depois, vemos o finalmente o nosso avião chegar e voltamos a descer ao R/C onde entregamos o nosso cartão de embarque ao guarda e entramos na pista em direcção ao avião (não, não há qualquer controlo da bagagem de mão).



Somos cerca de 50 passageiros no avião mais 3 membros da tripulação, o piloto, o co-piloto e a hospedeira. O voo tem a duração de 1h10m e é a hora e dez minutos mais aterradores da minha vida.

As hélices do avião começam a girar e o ruído ensurdecedor aumenta de intensidade à medida que o avião ganha impulso para levantar. O som destas mesmas hélices é de tal maneira alto que nem vale a pena falar com a pessoa do lugar ao lado porque as vozes não se ouvem. O avião treme todo o tempo e por todos os lados, talvez pelo esforço que faz em aguentar-se firme a 6ooo pés do chão, mas não o suficiente para se manter estável perante a constante turbulência.


Durante a primeira meia hora nem consigo tentar o sono tão concentrada que estou na hélice, garantindo que esta não pára de girar. Só me acalmo um pouco depois quando a solitária hospedeira me põe à frente um queque de manteiga e uma sandes de queijo (que podia ser de atum mas eu não tive essa sorte), e de barriga semi-cheia lá consigo fechar um pouco os olhos e esperar impacientemente a aterragem em Maputo!!





Cape Town


À chegada ao aeroporto de Cape Town alguém disse “I love Cape Town. It is in Africa but not quite in it” e de facto resume tudo o que é esta cidade no ponto mais sul do mundo. É limpa, é organizada, tem luz, tem boas auto estradas, edifícios altos e modernos, fala-se um bom inglês e tem mais brancos que pretos nas ruas. De facto é o oposto do que já vi em outras cidades africanas!

Mas para mim não é isso que a torna especial, mas sim a sua localização. É realmente uma cidade muito bonita e essa beleza vem essencialmente das altas e imponentes montanhas – Table Mountain e Lion’s Head – e das praias de areia branca e água morna apesar de atlântica – Camps Bay e Clifton – que a rodeiam.


 

Cape Town é uma pequena Europa no meio de África, com o melhor dos dois mundos. Uma organização e modernismo europeu com o comércio, música e o clima africano. Não há como não gostar!





sexta-feira, maio 7

6h10 da manhã.......



....... toca o despertador. De cortinas fechadas e alguma sombra no quarto, adio mais 10 minutos. Volta a tocar o alarme, desta vez sem prolongamento. A custo abro os olhos e espreguiço-me demoradamente. Afasto a rede mosquiteira da minha cama de princesa e aproximo-me da janela que nunca fecho. Abro as cortinas e........










 



BOM DIA MOÇAMBIQUE!!!



terça-feira, maio 4

A minha vida por um fio



Voltando um mês atrás..... Quando fui passar a minha Páscoa ao Tofo, antes de me aventurar num "Ocean Safari" que prometia ver e nadar com tubarões-baleia, tive que assinar um papelinho que dizia algo como:

I do hereby affirm and knowledge that I am aware and have been fully informed of the inherent risks and dangers associated with snorkeling and the possibility of my sustaining severe injury and even loss of life (...) In the event of the colliding, sinking or being affected by natural disaster I am prepared to be exposed to these risks and dangers and to the possibility of injury and/or death, and i do so freely

A ideia de acabar sem uma perna, afogar-me ou mesmo morrer, pareceu-me bastante aliciante mas infelizmente os aterradores tubarões-baleia estavam do contra nesse dia e acabei por pagar 20€ para ver  apenas uma pacata e inocente raia gigante..... booooring!! :p